domingo, 26 de outubro de 2014

Qual é o significado de Armagedon em Hebraico?

A palavra Armagedon cativou a imaginação popular apocalíptica desde os tempos antigos. O Armagedon, que é mencionado no Livro do Apocalipse de São João, se transformou em um sinônimo da batalha entre o bem e o mal. Esta ideia tem origem no período do Segundo Templo.
A palavra “Armagedon” é de origem Grega, mas antes de ser uma palavra grega era uma frase em Hebraico – “Har Meguido“, que significa “Monte Meguido”. Meguido era uma colina artificial (que ainda existe) que a cavalaria do Rei Salomão utilizava para proteger as fronteiras do seu Reinado.
Armagedon é apenas mais um exemplo de transliteração que aconteceu no mundo Greco-Romano. Por exemplo, antes de ser transliterada para o gregCapernaum” foi por muitos séculos apenas “Kfar Nahum”, que significa a “aldeia de Nahum”.
o, a palavra “
Chegou a hora de você entrar em contato mais profundo com o mundo antigo. Não deixe que outros decidam a tradução por você – você pode entender sozinho.
Dr. Eli Lizorkin-Eyzenberg

sábado, 4 de outubro de 2014

" DANIEL, NOSSO “CONTEMPORÂNEO”

INTRODUÇÃO
Estamos iniciando o último trimestre de 2014, durante as próximas lições estudaremos Daniel. Esse livro bíblico traz muitas orientações para a integridade moral e espiritual do povo de Deus. Na aula de hoje faremos uma apresentação panorâmica do livro, destacando sua atualidade em relação às questões morais e espirituais que a igreja tem enfrentado. Mostraremos que Daniel, de certo modo, é nosso “contemporâneo”, na medida em que se identifica com os mesmos desafios que a igreja precisa enfrentar em períodos de crise.

1. DANIEL, O PROFETA
Daniel, cujo nome significa “Deus é meu Juiz” foi um profeta (Mt. 24.15), do qual pouco podemos saber a respeito, além do que nos está registrado na Bíblia. Como Isaias era também membro da tribo de Judá, e ao que tudo indica, membro da família real (Dn. 1.3-6). Em razão do cativeiro judaico na Babilônia, Daniel teria sido levado muito jovem para essa terra (Dn. 1.4), no terceiro ano de Joaquim (605 a. C.), oito anos antes da ida de Ezequiel para esse mesmo cativeiro. Quando à Babilônia, Daniel foi colocado na corte de Nabucodonosor, tornando-se conhecedor da ciência dos caldeus, e se destacando em seu conhecimento diante dos demais sábios. Uma demonstração da superioridade do conhecimento de Daniel foi reconhecida na capacidade dada por Deus para interpretar o sonho de Nabucodonosor. Esse episódio deve ter ocorrido no segundo ano do seu reinado, por volta do ano 603. a. C. Alguns anos mais tarde sucedeu o segundo sonho de Nabucodonosor, também interpretado pelo profeta. Daniel foi levado a uma alta posição de poder durante o reinado babilônico. Ele passou 70 anos no cativeiro, tendo acompanhado o governo medo-persa, de Dario e Ciro. Justamente durante esse governo o profeta de Deus foi lançado na cova dos leões, por causa da sua fidelidade a Deus. Daniel nos deixou um legado de fidelidade a Deus, mesmo nos períodos de crise moral e espiritual. O livro de Daniel se acha dividido em duas partes (1) histórica e (2) profética, na primeira parte Daniel é apresentado em terceira pessoa; na segunda parte ele mesmo narra os episódios. A seguir destacamos os princípios assuntos: 1) Daniel e seus companheiros na corte de Nabucodonosor; 2) o sonho do rei com respeito à grande imagem, simbolizando quatro reinos; 3) a fornalha de fogo na qual são lançados os companheiros de Daniel; 4) o sonho de Nabucodonosor no qual foi vista e uma grande árvore; 5) o banquete suntuoso e profano de Belsazar; 6) Daniel é lançado na cova dos leões por causa da sua fidelidade a Deus; 7) visão dos quatro grandes animais que subiam do mar, e seu juízo diante do Ancião de Dias; 8) visão do carneiro com dois chifres, ferido pelo bode, que tinha um chifre entre os olhos; 9) compreensão da profecia de Jeremias (Jr. 25.12; 29.10), quanto aos setenta anos das idolatrias de Jerusalém; e 10) outras visões de Daniel a respeito do futuro de Israel e das outras nações.

2. NOSSO “CONTEMPORÂNEO”
O cenário espiritual de Judá, nos tempos do profeta Daniel, era caótico, isso porque nos anos 608 a 597 a. C., Joaquim reinava em Jerusalém (II Rs. 23.34). Naqueles dias duas nações lutavam pelo controle da região, a saber, Assíria e Egito. Neco, rei do Egito, subira para batalhar contra o rei da Assíria (II Rs. 23.29, Josias, que era o rei de Judá, decidiu atacar o Egito, mas morreu na batalha de Carquemis, em 608 a. C. Neco, em resposta ao ataque, destituiu a Jeocaz, filho de Josias, tendo esse reinado apenas três meses, impondo pesados tributos a Judá, constituindo rei a Jeoaquim, irmão deposto de Jeocaz (II Rs. 23.31-35). Joaquim foi um rei ímpio, tendo este rasgado e queimado o rolo da Palavra de Deus, que continha as mensagens do profeta Jeremias (Jr. 36.20-26). De certo modo a situações política daquela época não é diferente dos desafios que temos enfrentado nos dias atuais. A Palavra de Deus está sendo desconsiderada, os governantes estão preocupados, a fim de agradar a determinados grupos, em retirar os princípios cristãos de pauta. Acompanhamos, na sociedade brasileira, um processo de descristianização do valores, e uma processo contínuo de secularização. Alguns sacerdotes estão fazendo conchavos com os políticos, a fim de tirarem proveito pessoal das iguarias que lhes são oferecidas. Os profetas de Deus, tal como Jeremias e Daniel, estão denunciando esses impropérios, e por isso estão sendo perseguidos. Como fez Joaquim com o profeta Urias, ao desagradá-lo com mensagens contrários, alguns governantes estão perseguindo, e se for o caso, matando os profetas de Deus (Jr. 26.20-23). Mas Deus acompanha os acontecimentos, Ele é Senhor da história, no ano 606 a. C., o cenário militar foi modificado, uma vitória de Nabucodonosor, da Babilônia, sobre Neco, consolidou esse governo como uma potencial mundial. Em 605 a. C., após várias incursões sobre Jerusalém, Nabucodonosor domina aquele local e leva cativo os nobres, dentre eles Daniel, para o cativeiro, o rei Joaquim rendeu-se sem resistência. A abominação tomou conta de Jerusalém, pois em 586 a. C., após dezoito meses de sítio, os exércitos do rei da Babilônia saquearam a cidade, destruindo também o templo. O reinado de Nabucodonosor durou o período de 43 anos, tendo sido uma período de desolação para o povo judeu, por se encontrar no cativeiro (Sl. 137.1-9).

3. IDENTIFICAÇÃO COM DANIEL
Daniel nos mostra como viver para Deus em temos de falta de integridade moral e espiritual, principalmente na juventude. Por meio dos profetas o povo de Judá foi advertido, Jeremias e Habucuque anteciparam que a Babilônia invadiria Jerusalém, e levaria seu povo cativo. O testemunho de Daniel inspira os crentes a viverem em santidade, e se aproximarem de Deus, ainda que a maioria relativize Sua palavra. Daniel estava diante de uma geração que estava colhendo os frutos que os seus pais haviam semeado (Dn. 1.2). Isso nos mostra que a apostasia espiritual não acontece de uma hora para outra, é resulta de uma negligência paulatina, um distanciamento sutil da Palavra de Deus. O povo de Israel, ao invés de confiarem na Palavra, estavam se fundamentando no templo (Jr. 7.7). Os templos são necessários, e importantes para as igrejas, mas é a Palavra que conduz às vidas pelos caminhos do Senhor. Um templo suntuoso não salvará uma igreja da ruína espiritual, o avivamento não depende de estruturas arquitetônicas, mas da dependência de Deus. Daniel nos inspira a continuar acreditando na intervenção divina, mesmo diante dos tempos difíceis, a despeito de suas perdas e das vicissitudes pelas quais passou, seu coração permanecia em Deus. Ao invés de murmurar pelas adversidades, o jovem Daniel buscou discernimento e aproveitou as oportunidades, para estudar na Universidade da Babilônia. Ainda que Nabucodonosor quisesse desintegrar a identidade dos jovens judeus, inclusive alterando os seus nomes, Daniel sabia quais eram suas raízes, e se matinha fiel aos seus princípios. Durante o período em que esteve naquela Universidade, Daniel equilibrou o seu tempo, de modo a não se deixar contaminar com as iguarias do rei, e dedicando tempo sua vida devocional diante do Senhor (Dn. 1.5). O homem de Deus sabia que não podia se deixar dominar pela aculturação, isto é, pelo domínio cultural dos babilônicos, aprendeu a tirar proveito do que era necessário, mas sem relativizar seus valores judaicos. O mundo pode tentar modificar os nossos nomes, mas não pode mudar nossos corações, como Daniel não podemos esquecer-nos de quem somos, e o propósito para o qual fomos criados.

CONCLUSÃO
Mesmo quando obteve honra em sua vida profissional, Daniel não se esqueceu de Deus. Após a conclusão da sua graduação, passou a servir no palácio de Nabucodonosor, mas sempre se manteve fiel aos seus princípios. Aqueles que fazem a vontade de Deus seguirão seu curso, mesmo depois da queda dos impérios, assim ocorreu com Daniel, que serviu até o primeiro ano de Ciro, rei persa, depois da queda da Babilônia. Deus está no comando das situações da vida daqueles que decidem viver para Ele, mesmo nos tempos de crise a mão do Senhor estarão sobre eles. O futuro está no controle de Deus, ao Seu tempo fará o que Lhe apraz, conforme Seus desígnios.

BIBLIOGRAFIA
WEIRSBE, W. Be resolute: Daniel. David Cook: Ontario, 2008.
BALDWIN, J. G. Daniel: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1983


domingo, 29 de junho de 2014

As 12 Tribos de Israel

Em toda a Bíblia ouvimos falar muito a respeito das 12 tribos de Israel. Mas quem são essas tribos? De onde elas surgiram? O que elas representam na Bíblia?
O que é as 12 tribos de Israel?
A origem das 12 tribos de Israel está descrita em Gênesis 29 , 30 e 35. 16-22. Ali vemos descritos os nascimentos dos 12 filhos de Jacó que também tinha o nome de Israel. Esses doze filhos foram: Rubén, Simeão, Levi, Judá, Dã, Naftali, Gade, Asser, Issacar, Zebulom, José e Benjamim.
Mas esses 12 nomes ainda não correspondem exatamente às 12 tribos de Israel. Mais tarde, depois da fuga do povo de Israel do Egito, Deus define que a tribo de Levi seria uma tribo separada para servi-Lo (principalmente como sacerdotes e em ministérios diversos no culto a Deus), e que não teria um território específico na terra prometida. No lugar dela e no lugar de José, assumem o posto de tribos de Israel Manassés e Efraim (Veja imagem acima).
A partir daí, o povo de Israel é organizado em 12 tribos (povos), sendo: (1)Rubén,(2)Simeão, (3)Judá, (4)Dã, (5)Naftali, (6)Gade, (7)Asser, (8)Issacar,(9)Zebulom, (10)Manassés, (11)Efraim e (12)Benjamim. Dentro dessa organização, as pessoas da tribo de Levi vivem entre seus irmãos, em seus territórios, cumprindo as ordens de Deus de serem separados para o ministério do Senhor. Então não são contados entre as 12 tribos.

E é baseado nessas 12 tribos que todo o território da terra prometida (Canaã) é dividido (essa história está no livro de Josué. Veja mapa abaixo). Mais tarde, já no livro dos Reis, temos a história de como essas 12 tribos se uniram sob uma monarquia, onde reinaram Saul, Davi, Salomão.12 tribos de israel, mapa, divisão da terra
Após a morte de Salomão, as 12 tribos se dividiram e formaram dois reinos: Reino do Sul (Judá e Benjamim), que teve como capital Jerusalém. E reino do Norte: (as outras 10 tribos). Que teve como capital Samaria. Cada um desses reinos tinha o seu próprio rei. Após essa divisão nunca mais houve uma unificação das 12 tribos de Israel. Os dois reinos (Do Norte e do Sul) sempre tiveram problemas de inimizade.
De forma resumida seria essa a história a respeito das 12 tribos de Israel.
publicado por:André Sanchez

domingo, 22 de junho de 2014

Judaísmo Messiânico

Judeus Messiânicos e suas heresias.
Judaísmo Messiânico é uma ramificação religiosa que segue as tradições religiosas judaicas, e que também acredita na figura de Jesus de Nazaré como sendo o Messias esperado pela tradição judaica. Este Jesus, descendente do rei Davi, que iria reconstruir a nação de Israel e restaurar o reino de Davi, trazendo paz ao mundo.
O moderno Judaísmo Messiânico é um movimento surgido no século XX nos EUA, originado do Hebreu-Cristianismo, nascido na Inglaterra no século XIX. O judaísmo em geral rejeita o Judaísmo Messiânico/Nazareno como sendo um ramo do judaísmo.
Por incrível que pareça, estes grupos Messiânicos são apoiados por Igrejas Evangélicas, que atualmente tem promovido uma aceitação das tradições judaicas, como o uso de músicas e orações em Hebraico. Adotam as festas religiosas judaicas. Usam itens como kipá e talite, além de uso de nomenclatura e termos de origem judaica(como rabino). Mas negam muitas vezes outras tradições judaicas, e alguns aspetos doutrinários da Tora, ou seja, acabam não sendo nem judeus e nem cristãos.
O governo de Israel não reconhece Judeus Messiânicos como Judeus.

Suas principais heresias:
Sobre Jesus 
Jesus é para os Judeus Messiânicos, o Messias Judeu. O principal grupo Messiânico crê em Jesus como sendo “A Tora ( Palavra feita carne )” (João 1.14 ). Quanto à Divindade de Jesus, no entanto os grupos se divergem.

Sobre a Trindade
Alguns refutam a idéia da Trindade, entendendo que Deus é um apenas. Para isso, baseiam-se em Deuteronômio 6.4, que diz: “Ouve ó Israel, O Eterno nosso Deus é o Único Deus. (Para saber mais sobre a Trindade clique aqui)
Os judeus são um povo que apesar de ser povo da Velha Aliança, não se pode negar que são alvorotados contra a cosmovisão do cristianismo. Seu Maior erro foi e é não querer entender a Grande Salvação que o Eterno lhes preparou. Estão esperando o Messias para livrá-los de seus inimigos. Porém não se dão conta de que o que eles aguardam ansiosamente já veio. Eles vão descobrir isto após serem cercados por seus inimigos. Quando não lhes restar outra opção, então reconhecerão que aquele que mataram na cruz, é Este que os livrará de seus inimigos. Não mais o filho de um carpinteiro, o qual pediram para que fosse crucificado, mas o verão como Rei de reis e Senhor dos senhores.
A carta aos Hebreus narra aquilo que os Judeus Messiânicos negam. No capítulo 1.1-9 diz: “Muitas vezes e de muitas formas, Deus falou no passado a nossos pais por meio dos profetas. Nesta etapa final nos falou por meio de seu Filho, a quem nomeou herdeiro de tudo, por quem criou o universo. Ele é reflexo de sua glória, expressão do seu ser, e tudo sustenta com a Sua Palavra Poderosa. Realizada a purificação dos pecados, sentou-se no céu à direita da Majestade; tão superior aos anjos, quanto é mais excelente o título que herdou. Pois, a qual dos anjos disse alguma vez: Tu és meu filho, eu hoje te gerei ? E em outro lugar: Eu serei para ele um pai, ele será para mim um filho? Da mesma forma, quando introduz no mundo o primogênito, diz: Que todos os anjos o adorem. Aos anjos diz: Ele faz dos ventos seus anjos, das chamas de fogo seus ministros. Ao Filho, ao contrário, lhe diz: Teu trono, Ó Deus, permanece para sempre, cetro de retidão é teu cetro real. Amaste a justiça, odiaste a iniqüidade; por isso Deus, o teu Deus, te ungiu com perfume de festa entre todos os teus companheiros”.
O autor da carta aos Hebreus deixa claro no seu conteúdo teológico que Cristo é Deus, superior aos anjos, criador do universo e sustenta todas as coisas pelo seu poder. O próprio Deus no verso 9, refere-se a Cristo como sendo verdadeiro Deus.
Portanto Judeus Messiânicos cometem os mesmos erros dos antigos israelitas, que no deserto foram rebeldes e de dura cervis. Ainda hoje, continuam rejeitando as verdades mais sublimes. O Messias é o Cristo, Deus criador de todas as coisas – A segunda pessoa da Trindade. Porém Judeus e Judeus Messiânicos continuam tropeçando na pedra de tropeço. Cristo é o fundamento de todas as coisas animadas e inanimadas.
A palavra Deus (theos) atribuída a Cristo, é também no Novo Testamento atribuída a Deus Pai. Em todos esses trechos a palavra “Deus” é usada para indicar o Criador e governante de tudo.
No Velho Testamento, portanto bem conhecido dos Judeus Messiânicos também apresentam Cristo como Deus. Em Isaías 9.6, Diz:“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte…”
O próprio Cristo se declara Deus quando Ele diz: Em verdade, em verdade vos digo:”Antes que Abraão existisse, EU SOU” (João 8.58).
Os líderes judaicos reconheceram de imediato que Ele não estava falando por enigmas nem pronunciando insensatez: quando disse: “EU SOU”, estava repetindo as palavras que o Próprio Deus usou (Êxodos 3.14).
Em relação à doutrina da Trindade, os Judeus Messiânicos não compreendem que não são três deuses, mas Um Só Deus. Pois os mesmos atributos pertencentes a Deus, também são pertencentes a Cristo e ao Espírito Santo. A Trindade Constitui-se do Pai, Filho e Espírito Santo. Uma só substância, um só elemento e três pessoas distintas na Divindade formando o Deus Bíblico.
A doutrina da Trindade é uma das mais importantes da fé Cristã. Apesar da palavra Trindade não ser encontrada na Bíblia, podemos em várias passagens do Antigo Testamento, assim como do Novo Testamento, encontrar claramente a percepção que Deus existe em mais de uma pessoa. Somente quem está com os olhos encobertos pela incredulidade é que não consegue chegar a esta razão, pois a doutrina da Trindade se revela progressivamente na Bíblia. Assim como Cristo se revelou na plenitude dos tempos, o conhecimento sobre a Trindade foi um presente de Deus para a raça humana.
O último verso de 2 Co13.13, mostra claramente a idéia da Trindade, o texto diz: “A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós.
Portanto os Judeus Messiânicos continuam errando naquilo que tropeçaram. Negam a Cristo como sendo Deus, e não aceitam a Deus como Trindade. Que o Eterno possa abrir os olhos do entendimento dos Judeus e Judeus Messiânicos, para que compreendam esta tão grande salvação.
O Sábado
Outra bandeira do judaísmo messiânico é a doutrina envolvendo a guarda do sétimo dia. Colocam isso como apenas um dia de celebração, e não mais um ato cerimonial da Lei, mas na questão prática da vida da igreja acabam impondo esse ponto doutrinário.
Algumas considerações aqui se tornam então necessárias:
Em primeiro lugar, a moral sabática não se refere a um dia especifico da semana. Diz que devemos trabalhar seis dias e descansar no sétimo, ou seja, um dia de descanso semanal. No calendário romano cristão o dia de descanso é o Domingo, descansando nele estamos de acordo com a moral sabática – “Seis dias trabalharás, e farás todo o teu trabalho” (Ex. 20:9).
Segundo, se partirmos do princípio da criação, para construir o calendário, a história se complica. Deus criou o homem no sexto dia (Gn. 1:26, 27), o sétimo dia da criação foi, portanto, o primeiro dia da semana do homem. Não se justificaria o homem ser criado em um dia e já descansar no próximo. Assim, o sétimo dia de Deus é o primeiro do homem. Seguindo a semana, de acordo com essa lógica da semana da criação, o dia de descanso do homem seria na Sexta-feira e não o Sábado.
Terceiro, Josué parou o sol pelo período de quase um dia, somando-se a isso o retrocesso do relógio de Acaz, temos um dia inteiro em que o tempo teria ficado parado (Js. 10; Is. 38:8), assim a semana foi alterada e o Sábado virou Domingo!
Quarto, os dias da criação provavelmente não eram dias de 24 h, mas grandes períodos de tempo, pois como Adão teria visto as luminares, se a velocidade da luz das estrelas que vemos demorou milhares de anos para chegar até nós?
Quinto, em qual fuso horário deve-se guardar o Sábado? Pois quando é Sábado em um país é domingo em outro, como resolver essa problemática para que todos no planeta guardem o mesmo shabath de Deus?
Sexto, o Sábado deveria ser guardado do pôr-do-sol ao pôr-do-sol (Lv. 23:32). Então, como fazem os sabatistas do extremo norte para obedecer a esse mandamento, visto que o sol pode demorar meses para se pôr?
Por último, o próprio Deus trabalhou no sétimo dia, veja – “Ora, havendo Deus completado no dia sétimo a obra que tinha feito” (Gn. 2.2). E segundo o evangelho de João Ele nunca parou de trabalhar (cf. Jo. 5.17).
Conclusão
Nesta breve contestação mostramos somente algumas coisas que faz com que o CACP não recomende o Judaísmo Messiânico como um movimento saudável e de evangelização de judeus – como querem alguns, mas como mais um movimento herético que precisa ser rejeitado e refutado.


Autor: Prof° João Tocalino

sábado, 19 de abril de 2014

O verdadeiro significado da Páscoa

A Páscoa é uma das datas comemorativas mais importantes do nosso calendário. Atualmente, tornou-se uma data tão comercial, que poucos lembram ou conhecem seu verdadeiro significado. Para além dos chocolates e presentes, a CPAD – editora cristã – reforça a origem do termo, que remonta a aproximadamente 1.445 anos antes de Cristo.
Para contextualizarmos, neste período, de acordo com a Bíblia, os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó viviam como escravos há mais de quatrocentos anos no Egito. A fim de libertá-los, Deus designou Moisés como líder do povo hebreu (Êxodo 3-4).
Em obediência ao Senhor, Moisés dirigiu-se a Faraó a fim de transmitir-lhe a ordem divina: “Deixa ir o meu povo”. Para conscientizar o rei da seriedade da mensagem, Moisés, mediante o poder de Deus, invocou pragas como julgamentos contra o Egito.
No decorrer de várias dessas pragas, Faraó concordava deixar o povo ir, mas, a seguir, voltava atrás, uma vez a praga sustada. Soou a hora da décima e derradeira praga, aquela que não deixaria aos egípcios nenhuma outra alternativa senão a de lançar fora os israelitas: Deus mandou um anjo destruidor através da terra do Egito para eliminar “todo primogênito… desde os homens até aos animais” (Êx.12.12).
A primeira Páscoa
Como os israelitas também habitavam no Egito, o Senhor emitiu uma ordem específica a seu povo. A obediência a essa ordem traria a proteção divina a cada família dos hebreus, com seus respectivos primogênitos. Cada família tomaria um cordeiro macho, de um ano de idade, sem defeito e o sacrificaria. Famílias menores podiam repartir um único cordeiro entre si (Êx. 12.4).
Os israelitas deviam aspergir parte do sangue do cordeiro sacrificado nas duas ombreiras e na verga da porta de cada casa. Quando o destruidor passasse por aquela terra, ele não mataria os primogênitos das casas que tivessem o sangue aspergido sobre elas. Daí o termo Páscoa, do hebreu pesah, que significa “pular além da marca”, “passar por cima”, ou “poupar”.
Assim, pelo sangue do cordeiro morto, os israelitas foram protegidos da condenação à morte executada contra todos os primogênitos egípcios. Deus ordenou o sinal do sangue, não porque Ele não tivesse outra forma de distinguir os israelitas dos egípcios, mas porque queria ensinar ao seu povo a importância da obediência e da redenção pelo sangue, preparando-o para o advento do “Cordeiro de Deus,” Jesus Cristo, que séculos mais tarde tiraria o pecado do mundo (Jo. 1.29).
De acordo com a Bíblia, no livro de Êxodo, capítulo 12, versículo 31, naquela mesma noite Faraó, permitiu que o povo de Deus partisse, encerrando assim, séculos de escravidão e inaugurando uma viagem que duraria quarenta anos, até Canaã, a terra prometida.
A partir daquele momento da história, os judeus celebrariam a Páscoa toda primavera, obedecendo as instruções divinas de que aquela celebração seria “estatuto perpétuo” (Êx. 12.14). Era, porém, um sacrifício comemorativo, exceto o sacrifício inicial no Egito, que foi um sacrifício eficaz.
Libertação
Assim sendo, lembremos, não somente nesta data, mas em todos os dias, o verdadeiro significado da Páscoa. Assim como o Todo Poderoso libertou os hebreus da escravidão no Egito, Deus quer nos libertar da escravidão do pecado e por isso, enviou seu Filho, Jesus Cristo, para que “todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. (Jo. 3.16) Vida esta conquistada com sangue “porque Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós.” (I Co 5.7)


Celebremos então a liberdade conquistada por Jesus Cristo na cruz para todos nós!

Fonte: Texto extraído em parte da Bíblia de Estudo Pentecostal

domingo, 23 de fevereiro de 2014

“Manejar bem” a Palavra

“Manejar bem” a Palavra significa, na linguagem de Paulo, “fazer um corte reto”. O pedreiro constrói a parede em linha reta. O carpinteiro risca a obra em linha reta. O agricultor ara a terra em linhas retas. Semelhan­temente, o obreiro do Senhor que interpreta a Bíblia, terá que interpretá-la corretamente – em linha reta! Para conseguir esse resultado, o intérprete da Palavra terá que entender os períodos ou “dispensações” e isso por sua vez requer o estudo diligente das Escrituras e a observação minuciosa da revelação divina aos homens. O preguiçoso jamais saberá interpretar o pensamento divino. Por isso Paulo assim exortou a Timóteo: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se enver­gonhar…” II Tm 2.15. A palavra “procura (no original grego, “spoudason”) significa “apressar-se, ser diligente”. Manejar bem significa usar as faculdades racionais, a inteligência, como em Isaías 1.18, onde Deus convoca Seu povo, “Vinde, pois e arrazoemos. diz o Senhor”.
Paulo avisa contra o perigo de fraude na interpretação das Escrituras em II Co 4.2, dizendo: “… rejeitamos as coisas que, por vergonhosas, se ocultam, não andando com astúcia, nem adulterando a Palavra de Deus…” “Adulte­rar”, no original, é “dolos”, que significa “pegar com isca”. Portanto, tem o sentido de falsificar e corromper. Na antigüidade falsificavam ouro e vinho. Em todos os tempos levantaram-se falsos “mestres”, e falsos “profetas” que por ensinos engenhosos têm conseguido enganar os incautos, causando-lhes a eterna destruição da alma. Pedro referiu-se às epístolas de Paulo dizendo que nelas haviam “certas coisas difíceis de entender , que os ignorantes e instáveis deturpam, como também deturpam as demais Escrituras, para a própria destruição deles.” II Pe3.15,16. Como, então, é importante que saibamos, não “deturpar”, mas sim interpretar corretamente (fazer o corte em linha reta!) a Palavra de Deus. Isso significa que todas as idéias, noções e opiniões preconcebidas sejam postas de lado e que   a   própria   Bíblia   seja   o   intérprete   de   si mesma.
Antes de prosseguir ao estudo das dispensações em si, consideraremos de modo sucinto o assunto de
I. INTERPRETAÇÃO DA BÍBLIA
De início diremos que há
A. Três erros a serem evitados.
1. A interpretação errônea da passagem. Um exemplo disso seria a interpretação popular que se faz da Parábola do Fermento, em Mt 13.33, pela qual a “mulher” (a igreja) põe o “fermento” (o evangelho) nas “três medidas de fari­nha” (o mundo), com o resultado que “ficou tudo levedado” (isto é, que o mundo todo torna-se convertido a Cristo).
Com esta interpretação não podemos concordar, pela seguinte razão: o evangelho é coisa boa, mas o “fermento”, como usado nas Escrituras, é alguma coisa má que deve ser evitada. Por exemplo em Êxodo 12.8,15-20, o fermento foi excluído das casas hebréias na noite da Páscoa, como também das ofertas de suave cheiro em todo o Velho Tes­tamento. Em Marcos 8.15-21 e Mt 16.11,12; e Lc 12.1, Cristo refere-se ao fermento como símbolo de falsas dou­trinas e hipocrisia dos fariseus, saduceus e Herodianos. Paulo em I Co 5.6,8 emprega o mesmo simbolismo para significar o “fermento da maldade e da malícia”, em contraste com “os asmos da sinceridade e da verdade”. Não é possível que o fermento represente em um caso uma coisa boa e em outro caso uma coisa má. Por conseguinte, a nossa interpretação da parábola do fermento é, que a “mulher” (a falsa religião), introduz, não o Evangelho, mas sim uma doutrina adulterada no meio dos homens. Foi isto mesmo que aconteceu nos séculos posteriores quando a igreja tornou-se o que vemos hoje na Igreja Católica Romana, cheia de invencionices, como a mariolatria, a ado­ração aos santos, o celibato, a infalibilidade papal, cele­bração de missa, salvação pelas boas obras, etc. Esse “fermento” penetrou em toda a massa humana exatamente como a parábola predisse. Este é apenas um caso de interpretação errônea, que aparece entre muitos. Outro erro a ser evitado é
2. A Espiritualização das Escrituras, ou seja dar uma interpretação espiritual. Essa tendência surgiu entre os primitivos pastores da igreja naqueles primeiros séculos, especialmente na interpretação do Velho Testamento. Em vez de dar um sentido claro e literal a certas passagens, referentes ao povo de Israel, ensinavam que as ditas pas­sagens se referiam à Igreja do Novo Testamento. Há pessoas que crêem que Jesus voltará do céu depois que todo o mundo se converter, pelo fato de aplicarem um sentido espiritual aos nomes “Sião”, “Jerusalém”, “Jacó”, “Israel”, etc, como se esses fossem a Igreja. Segundo esta interpretação,   Deus   rejeitou   para   sempre   a nação de Israel, a mesma está debaixo de maldição, e a Igreja tomou o lugar de Israel no plano e propósito divinos. Con­seqüentemente, essa aplicação errônea de termos, signi­ficaria que a nação judaica está eternamente separada de Deus. Jamais poderá voltar a gozar do favor divino. Mas em Romanos caps. 9 a 11, o apóstolo Paulo claramente revela a restauração de Israel e que no plano de Deus Israel ainda será muito abençoado. Israel será por “cabeça das nações e não por cauda”, Dt 28.13. O conhecimento das dispensações evitará tais interpretações erradas. Passe­mos a considerar mais um erro de interpretação, o caso de
3. Cronologia Errônea. Em II Pe 3.10-14 está pre­vista a renovação dos céus e da terra por fogo, que resul­tará em novo céu e nova terra na qual haverá justiça. A pergunta é esta: “Quando acontecerá isso?” Na opinião de alguns, esta passagem terá seu cumprimento ao término da presente dispensação da graça. Mas se for assim, então não haverá tempo para o cumprimento das profecias referentes à restauração da nação judaica e o reino de Cristo no trono de Davi por 1000 anos. Conseqüentemente, em -nossa opinião, a renovação da terra por fogo terá lugar ao   fim   do   reino   milenar   de  Cristo,   Ap  20.11 e 21.1.
II. TRÊS SISTEMAS DE INTERPRETAÇÃO
Certas partes das Escrituras devem ser interpretadas literalmente e outras figuradamente e ainda outras sim­bolicamente.
A. A Interpretação Literal significa dar à passagem em questão uma interpretação comum, de bom senso, em que as palavras são tomadas no sentido usual e costumeiro. É segundo a “letra”. Uma ilustração da interpretação literal é a passagem em Lucas 1.31-33 que fala clara e literalmente que Cristo nasceria da Virgem, seria chamado o Filho de Deus e seria o Herdeiro do trono do Seu pai Davi, segundo a carne, e que reinaria nesse trono sobre os descendentes de Jacó. Esta regra de interpretação literal é a regra recomendada na maioria dos casos. Devemos usá-la sempre que for possível. Há passagens que não se podem interpretar literalmente, por seu conteúdo, ou porque outras razões óbvias fazem-nas exigir uma in­terpretação figurada ou simbólica. Mas sempre que for possível, deve-se empregar o modo literal. Em contraste com isso, temos
B. A Interpretação Figurada que se dá às passagens que empregam figuras de linguagem. Por exemplo, em Hebreus 4.7 o apóstolo nos exorta: “… não endureçais os vossos corações”. Em João 10.9 Jesus disse: “Eu sou a porta” e em João 6.48 Ele disse: “Eu sou o pão da vida”. Naturalmente, tais passagens não significam que os nossos corações sejam fisicamente endurecidos, mas sim que sejam sensíveis ao toque do Espírito de Deus; nem que Cristo é uma porta de madeira, ou do curral, mas sim que Ele é a porta de entrada para a vida eterna. Semelhantemente, Ele não é um pão literal e, sim, como pão que sustenta espiri­tualmente aquele que dEle se alimenta.
C. A Interpretação Simbólica é o que usamos quando se trata de objetos animados ou inanimados, que se usa para­lelamente a fim de esclarecer o assunto. Nos capítulos 2 e 7 de Daniel encontramos este tipo de interpretação, usado pelo próprio Espírito Santo. Os reinos gentílicos mundiais desde o babilônio Nabucodonosor até ao tempo do retorno de Cristo são representados pelos vários me­tais da grande estátua vista pelo monarca e depois pelas várias feras vorazes que o profeta Daniel viu.
Convém lembrar que, mesmo na interpretação figurada ou simbólica, devemos sempre procurar a verdade literal, a mensagem   divina,    contida   na   passagem   em   apreço.


Extraído do livro “O Plano Divino Através dos Séculos” – Ed. CPAD

Jesus

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