sábado, 27 de outubro de 2012

Apologética: Uma necessidade para o evangelismo


Uma necessidade para o evangelismo
É indiscutível o fato da apologética se tornar cada vez mais necessária para a proclamação da Palavra de Deus. Apologética não consiste apenas em defender a fé cristã, mas também em anunciá-la ou servir como um instrumento indispensável para esta anunciação. A apologética sem o evangelismo é praticamente vã e o evangelismo sem a apologética se torna cada vez mais ineficaz.
A simples defesa do cristianismo é inútil quando não temos posteriormente a essencial proclamação da Palavra. A defesa é útil para a proclamação e deve estar intimamente relacionada a esta última. É preciso entender o quanto à apologética é útil, mas também o quanto ela pode se tornar inútil quando não utilizada de forma correta.
O apologista cristão Francis A. Schaeffer dizia que o homem moderno, quase em sua totalidade, está tomado pelo relativismo. O pensamento moderno mudou drasticamente o homem e para tanto se torna imprescindível que as formas de evangelismo também sofram intensas mutações. Uma destas mutações é aliar-se forçosamente a apologética.
O relativismo a que Schaeffer se referia pode ser verificado na prática. Estou evangelizando uma jovem de 21 anos, ela diz que todas as coisas etéreas que formam o homem, tais como moral e sentimentos, tem fundamentação orgânica.
Este pensamento conduz necessariamente ao relativismo, pois reduz a moral a um mero mecanismo orgânico (como um hormônio, por exemplo), e pensando assim existe uma relativização do certo e do errado. O homem é reduzido a um ser impessoal e suas atitudes não são essencialmente certas ou erradas, mas indicam sua necessidade de sobrevivência. Como na selva os animais lutam pelo seu espaço (e não precisam se culpar se matam um ao outro para conquistar seus objetivos), os homens também não precisam se culpar se passam por cima do seu próximo – isso é inclusive necessário para a manutenção da raça humana.
A minha pergunta é a seguinte: como é possível simplesmente evangelizar uma pessoa assim? O evangelismo puro e simples neste caso não surtirá muito efeito, pois a mente desta jovem está tomada pelo relativismo. Se ela não diferencia o certo e o errado, simplesmente dizer a ela que Cristo morreu em seu lugar se torna algo incompleto e ineficaz. Aqui nasce a apologética, enquanto uma ferramenta eficaz para o evangelismo.
No caso desta jovem, preciso prová-la que somos munidos sim de uma moral, que está longe de ser um mecanismo puramente orgânico, e para tanto necessito da apologética. Preciso defender racionalmente minha fé e mostrá-la como seu pensamento está baseado na irracionalidade. A partir daí será possível evangelizar, sem estar falando ao vento.
Insisto novamente que a apologética é importante, mas que deve ser seguida do evangelismo, ou tudo volta à estaca zero. A apologética deve fazer parte do processo evangelístico, e precisa contar para tanto com o essencial auxílio do Espírito Santo.
É imprescindível preparar a nova geração para evangelizar utilizando-se da apologética. A cada evolução da ciência, a cada nova filosofia, o homem se afasta mais da realidade da Palavra de Deus. A ciência vai se multiplicando e a amor se esfriando. Cabe a nós, como cristãos, defender e comunicar o Evangelho transformador nos adaptando as inevitáveis transformações do mundo.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Heresias


A maior parte dos movimentos heréticos que se sucederam ao longo da história tiveram raízes num clima generalizado de insatisfação social e espiritual.
No cristianismo e, por extensão, em diversas outras religiões, considera-se heresia a postulação de idéias contrárias à doutrina adotada e difundida pelas autoridades eclesiásticas.
Do ponto de vista católico: Conceito e alcance – O Código do Direito Canônico — legislação oficial da Igreja Católica — considera hereges os indivíduos batizados que negam de modo pertinaz verdades que a igreja ensina como reveladas por Deus. Define ainda como cismático o cristão que recusa a submissão à hierarquia eclesiástica e, direta ou indiretamente, ao papa. Qualifica, enfim, como apóstata aquele que renega totalmente sua fé.
Na prática, a figura do cismático e a do herege apresentam grandes afinidades, visto que a negação da autoridade papal já constitui, em si, uma afirmação herética. Ambos diferenciam-se do apóstata pelo fato de continuar considerando-se cristãos. Freqüentemente relativizam os termos do desentendimento, já que por sua vez acusam de hereges os defensores da doutrina oficial.
Ao se aplicar o conceito de heresia a situações ocorridas no antigo regime da cristandade — sociedade constituída pelo cristianismo –, não é fácil determinar até que ponto as diferenças eram de atitudes religiosas ou de posições sociopolíticas mascaradas por assuntos religiosos. A partir de uma perspectiva histórica, só se podem considerar como heréticos, a rigor, os movimentos que não chegaram a consolidar um sistema teológico e uma autoridade eclesiástica próprios. Assim, embora tanto a Igreja Ortodoxa como a Católica e as diversas comunidades protestantes se tenham qualificado umas às outras de heréticas durante séculos, na atualidade o movimento ecumênico evita acentuar as diferenças e, por conseguinte, prescinde do uso da palavra heresia.
Primeiras manifestações heréticas. Por volta do século II da era cristã, os primeiros padres da igreja, como santo Irineu e Tertuliano, condenaram determinados movimentos dentro do cristianismo que, em sua opinião, atentavam contra a autenticidade dos ensinamentos de Jesus. Entre as tendências heréticas mais difundidas, achavam-se o gnosticismo e o maniqueísmo.
Ainda que a especulação filosófica gnóstica fosse anterior ao cristianismo, encontrou terreno propício nas primeiras reflexões da nova religião. Suas idéias fundamentais eram a salvação mediante o conhecimento e a afirmação de um dualismo antagônico entre matéria e espírito, em virtude do qual entre Deus e o mundo — criado por uma divindade maligna — existiam emanações intermédias. O desprezo pela matéria levou a dois extremos opostos na moral: o ascetismo absoluto e a libertinagem, esta última justificada porque nada de material tinha importância. O dualismo gnóstico encontrou singular expressão na doutrina dos marcionitas, que opunham o Deus do Antigo Testamento ao do Novo Testamento.
O maniqueísmo pode ser considerado uma forma particular do gnosticismo, que recolhia elementos do cristianismo e do zoroastrismo persa. Seu fundador, o persa Maniqueu, que viveu no século III, distinguia duas substâncias originárias opostas: luz e trevas. Santo Agostinho, em sua juventude, sentiu-se fortemente atraído por essa doutrina.
Rigorismo anti-romano. Durante os séculos IV e V, que presenciaram a decadência do Império Romano do Ocidente, surgiram diversas seitas que defendiam um acentuado rigorismo moral e constituíam com freqüência movimentos regionais contrários às imposições sociopolíticas da capital do império.
O donatismo, de origem norte-africana, trouxe consigo uma reação contra a minoria dirigente romanizada. Seu rigorismo negava a admissão na igreja daqueles que haviam apostatado durante as perseguições. Na Espanha, surgiu o priscilianismo, em torno da figura de Prisciliano, bispo de Ávila, executado no ano 385 que, segundo parece, admitiu práticas religiosas ancestrais de origem celta e criticou o clero romanizante.
O pelagianismo, enfim, inspirou-se nas idéias do monge Pelágio, oriundo das ilhas britânicas. Pelágio rejeitava a idéia de pecado original, defendia o poder absoluto da vontade humana e reduzia a importância atribuída à graça de Deus na salvação. Sua doutrina foi condenada pelo Concílio de Cartago, em 418.
Disputas cristológicas entre Oriente e Ocidente. O reconhecimento do cristianismo com o Edito de Milão e sua posterior conversão em religião oficial do Império Romano fizeram da igreja um centro de lutas políticas, especialmente entre Oriente e Ocidente. A primeira ocasião de controvérsia surgiu com a doutrina de Ário, sacerdote que, de sua comunidade em Alexandria, negava a natureza divina de Jesus Cristo. O imperador Constantino convocou o primeiro concílio ecumênico em Nicéia, no ano 325, e sugeriu a expressão “o Filho é consubstancial ao Pai”. Sufocado militarmente, o arianismo difundiu-se entre os povos germânicos mas, na Espanha visigoda, chegou a perdurar como doutrina oficial até o ano 589.
Durante o século V, de fato, o problema de como conciliar a natureza divina com a humana na pessoa de Cristo dividiu as duas grandes escolas teológicas. A de Antioquia, mais racionalista e realista, insistiu no aspecto humano; a de Alexandria, propensa à especulação mística, no lado divino. A disputa entre Antioquia e Alexandria sofreu a interferência das flutuações do patriarcado de Constantinopla e do imperador, que temia a fragmentação do império.
Na linha da escola de Antioquia, Nestório defendeu com tal ênfase a tese das duas naturezas de Cristo que o apresentou como duas pessoas, de onde se deduz que Maria não era mãe de Deus (theotokos). Essa doutrina foi condenada pelo Concílio de Éfeso (431). Entre os séculos V e VIII a escola de Alexandria, que impusera suas teses em Éfeso, acentuou sua posição até o ponto de defender que em Cristo só havia uma natureza, a divina (monofisistas), ou uma vontade (monoteletas). Essas doutrinas foram condenadas nos concílios de Calcedônia (451) e Latrão (649).
Movimentos religiosos populares da Idade Média. Durante a alta Idade Média, ocorreu uma série de movimentos populares que defendiam a volta à pureza e pobreza evangélicas e pretendiam a reforma do clero. Assim, no século XI surgiram em Milão os patarinos, que logo passaram das propostas de reforma à oposição ao clero, a seus ritos e aos sacramentos.
A ênfase na vinda de um messias libertador que estabeleceria o reino de justiça e paz — que, segundo os milenaristas, duraria mil anos — reapareceu na situação de crise social dos séculos XII e XIII. O abade Joaquim de Fiore, morto em 1202, elaborou uma teologia da história segundo a qual, depois da idade do Pai (Antigo Testamento) e da idade do Filho (a igreja), viria a do Espírito, que suprimiria a hierarquia eclesiástica.
Os valdenses, seguidores do francês Pedro Valdo e conhecidos como os “pobres de Lyon” ou “pobres de Cristo”, foram censurados por dedicarem-se à pregação, uma vez que eram leigos e iletrados, e condenados por questionarem a autoridade eclesiástica, o purgatório e as indulgências. Tiveram seguidores nos “pobres da Lombardia”.
A heresia de maior importância histórica da época foi a dos cátaros ou albigenses — nome que receberam no sul da França, já que tinham seu centro na cidade de Albi. Professavam um dualismo de origem gnóstica e maniqueísta e defendiam a castidade, o jejum e o vegetarianismo. Organizaram-se em dois grupos: os fiéis e os perfeitos. Estes últimos administravam o rito do consolamentum, que incluía a imposição de mãos. A igreja tentou fazer-lhes oposição, primeiro por meio do diálogo e logo mediante a “cruzada albigense”, que assolou o sul da França durante a primeira metade do século XIII, e a criação da Inquisição. As ordens mendicantes, dos dominicanos e franciscanos também se originaram do desejo de devolver os hereges ao bom caminho e dar-lhes exemplo de pobreza e humildade.
Precursores da Reforma. O cisma do Ocidente, que no fim do século XIV e princípio do século XV dividiu a igreja, deixou-a mergulhada num estado de grande desorganização. Apareceram, assim, certas doutrinas religiosas, como as que propugnaram o britânico John Wycliffe e o boêmio Jan Hus, que anteciparam muitas das teses da reforma luterana. Wycliffe partia da idéia do domínio de Deus, segundo a qual todo o poder e todo o mérito vem do Senhor. Ele predestina os homens ao bem (igreja invisível) ou ao mal, portanto a igreja visível perde importância. Wycliffe não aceitava a presença real de Cristo na eucaristia e proclamava o fortalecimento do poder do rei como vigário de Deus para administrar a justiça. Foi condenado pelo Concílio de Constança, de 1414 a 1418.
O hussismo constituiu tanto uma doutrina religiosa como uma insurreição política. Hus declarou-se a favor da reforma da igreja segundo Wycliffe e, ao mesmo tempo, reivindicou uma Boêmia livre. Foi condenado, também, pelo Concílio de Constança.
Séculos XVI e XVII. Depois da Reforma protestante, a Igreja Católica permaneceu fiel ao conceito de heresia e condenou como tais diversos movimentos surgidos em seu seio. Entre estes, cabe destacar o iluminismo e o quietismo, aparecidos nos séculos XVI e XVII. Ambas as tendências propugnaram ensinamentos do tipo gnóstico, que situavam os iluminados acima de toda a formalidade externa da igreja, e conseguiram adeptos na Espanha, França e Itália.
Desde meados do século XVII, primeiro nos Países Baixos e depois na França, disseminou-se o jansenismo, inspirado nas idéias do teólogo Cornelius Otto Jansen, de Louvain, que insistia na dupla predestinação, para o bem e o mal, e na absoluta incapacidade humana de decidir seu destino. Aconselhava o ascetismo e desaconselhava a eucaristia. No mesmo clima espiritual surgiu o galicanismo, impulsionado pelo absolutismo do monarca francês Luís XIV, que tentou governar a igreja de seu país sem contar com Roma, amparando-se na doutrina da supremacia do concílio sobre o papa (conciliarismo). Ambas as concepções perderam força em meados do século XVIII. Com a transformação posterior das estruturas sociais, os movimentos heréticos cederam lugar às agitações revolucionárias.
Heresia no pensamento contemporâneo. As mais recentes formulações sobre o conceito de heresia se devem a Frithjof Schuon, uma das maiores autoridades mundiais em religião comparada. Partindo de uma descrição dos pressupostos metafísicos comuns a todas as religiões, Schuon procura dar um conteúdo objetivo ao conceito de heresia, distinguindo entre heresias “extrínsecas” e “intrínsecas”. As primeiras são variações de doutrina e método que, por motivos de oportunidade histórica, vêm a ser condenadas por uma autoridade religiosa dominante, mas que, numa outra época, podem vir a ser aceitas, se não como ortodoxas, ao menos como espiritualmente legítimas.
Heresia “intrínseca”, ao contrário, é a doutrina religiosa que atenta contra o próprio núcleo da metafísica universal e que, por isso, não encontra abrigo no seio de nenhuma das grandes religiões universais. O protestantismo é um exemplo de heresia “extrínseca” (em relação ao catolicismo). O maniqueísmo, ao contrário, por seu dualismo irredutível, não pode conciliar-se com nenhuma das grandes religiões.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Heresiologia


Heresiologia é o estudo das heresias.Heresia deriva da palavra háiresis e significa: escolha, seleção, preferência. Daí surgiu a palavra seita (latim secta – doutrina ou sistema que diverge da opinião geral e é seguido por muitos), por efeito de semântica.
Do ponto de vista cristão, heresia é o ato de um indivíduo ou de um grupo afastar-se do ensino da Palavra de Deus e adotar e divulgar suas próprias idéias, ou as idéias de outrem, em matéria de religião. Geralmente é um grupo não-ortodoxo, esotérico (do grego esoterikós, que significa conhecimento secreto, ao alcance de poucos).
Reforçando, podemos dizer que nos conceitos acima apresentados heresia e seita, em sua própria definição, são contraditórias e separatistas daquilo que dizem, verdadeiramente, as Sagradas Escrituras, a própria Palavra de Deus. Em resumo é o abandono da verdade.
O termo háiresis aparece no original em Atos 5:17; 15:5; 24:5; 26:5; 28:22.
Por sua vez, heresia aparece em Atos 24:15; I Co 11:19; Gl 5:20; II Pe 2:1.
O surgimento das seitas é uma profecia escatológica (Mt 24:24), em que o próprio Senhor nos alertou. Portanto é importante seu estudo pois, trata-se de um sinal dos tempos anunciado por Jesus e seus apóstolos (II Pe 2:1-3).
Para se identificar uma seita, observe o que ela prega sobre os seguintes assuntos:
1) a Bíblia Sagrada;
2) a Pessoa de Deus;
3) a queda do homem e o pecado;
4) a Pessoa e a obra de Cristo;
5) a salvação; e
6) o porvir.
Se o que uma seita ensina sobre estes assuntos não se coaduna com as Escrituras, podemos estar certos de que estamos diante duma seita herética.
Observe ainda alguns aspectos comuns às seitas:
1) As seitas subestimam o valor do Senhor Jesus ou colocam-no numa posição secundária, tirando-lhe a divindade e os atributos divinos como conseqüência.
2) Crêem apenas em determinadas partes da Bíblia e admitem como “inspirados” escritos de seus fundadores ou de pessoas que repartem com eles boa parte daquilo que crêem;
3) Dizem ser os únicos certos;
4) Usam de falsa interpretação das escrituras;
5) Ensinam o homem a desenvolver sua própria salvação, muitas vezes, sob um conceito totalmente naturalista;
6) Costumam buscar suas presas em outras religiões, conseguindo desencaminhar para o seu meio, inclusive, muitos bons cristãos.
A. Algumas características marcantes das seitas são:
1. Freqüentemente isolacionistas – para facilitar o controle dos membros fisicamente, intelectualmente, financeiramente e emocionalmente.
2. Freqüentemente apocalípticas – dão aos membros um enfoque no futuro e um propósito filosófico para evitar o apocalipse.
3. Fornecem uma nova filosofia e novos ensinos – revelados pelo seu líder.
4. Fazem doutrinação – para evangelismo e reforço das convicções de culto e seus padrões.
5. Privação – quebrando a rotina do sono normal e privação de comida, combinados com a doutrinação repetida (condicionamento), para converter o candidato a membro.
B. Muitas seitas contém sistemas de convicção “não-verificáveis”.
1. Por exemplo, algumas ensinam algo que não pode ser verificado.
1. Uma nave espacial que vem atrás de um cometa, para resgatar os membros.
2. Ou, Deus, um extraterrestre ou anjo apareceram ao líder e lhe deram uma revelação
3. Os membros são anjos vindos de outro mundo, etc.
2. Freqüentemente, a filosofia da seita só faz sentido se você adotar o conjunto de valores e definições que ela ensina.
1. Com este tipo de convicção, a verdade fica inverificável, interiorizada, e facilmente manipulada pelos sistemas filosóficos de seu(s) inventor(es).
C. O Líder de uma Seita:
3.É freqüentemente carismático e considerado muito especial por razões variadas:
1. O líder recebeu revelação especial de Deus.
2. O líder reivindica ser a encarnação de uma deidade, anjo, ou mensageiro especial.
3. O líder reivindica ser designado por Deus para uma missão
4. O líder reivindica ter habilidades especiais
4. O líder está quase sempre acima de repreensão e não pode ser negado nem contradito.
D. Como se comportam as Seitas?
1. Normalmente buscam fazer boas obras, caso contrário ninguém procuraria entrar para elas.
2. Parecem boas moralmente e possuem um padrão de ensino ético.
3. Muitas vezes, quando usam a Bíblia em seus ensinos, utilizam também “escrituras” ou livros complementares.
1. A Bíblia, quando usada, é sempre distorcida, com interpretações próprias, que vão de encontro à filosofia da seita.
4. Muitas seitas “recrutam” o Senhor Jesus como sendo um deles, redefinindo-o adequadamente.
E. Algumas seitas podem variar grandemente…
1. Do estético ao promíscuo.
2. Do conhecimento esotérico aos ensinamentos muito simples.
3. Da riqueza e poder à pobreza e fraqueza.
Quem é vulnerável a entrar para uma seita?
A. Todas as pessoas são vulneráveis.
1. Rico, pobre, educado, não-educado, velho, jovem, religioso, ateu, etc.
B. Perfil geral do membro em potencial de uma seita (alguns ou todos os itens seguintes)
1. Desiludido com estabelecimentos religiosos convencionais.
2. Intelectualmente confuso em relação a assuntos religiosos e filosóficos
3. Às vezes desiludido com toda a sociedade
4. Tem uma necessidade por encorajamento e apoio
5. Emocionalmente carente
6. Necessidade de uma sensação de propósito, um objetivo na vida.
7. Financeiramente necessitado
Técnicas de recrutamento
A. As seitas encontram uma necessidade e a preenchem. As táticas mais usadas são:
1. “Bombardeio de Amor – Love Bombing ” – que é a demonstração constante de afeto, através de palavras e ações.
1. Às vezes há muito contato físico como abraços, tapinhas nas costas, toques e apertos de mão.
2. Emprestam apoio emocional a alguém em necessidade.
3. Ajuda de vários modos, onde for preciso.
1. Desta maneira, a pessoa fica em débito então com a seita e procura de algum modo retribuir.
4. Elogios que fazem a pessoa pensar que é o centro das atenções.
B. Muitas seitas usam a influência da Bíblia ou mencionam Jesus como sendo um deles; dando validade assim ao seu sistema.
2. Escrituras distorcidas
1. Usam versículos tirados da Bíblia fora do contexto
2. Então misturam os versículos mal interpretados com a filosofia aberrante delas.
C. Envolvimento gradual
3. Alterando lentamente o processo de pensamento e o sistema de convicção da pessoa, através da repetição dos seus ensinos (condicionamento).
1. As pessoas normalmente aceitam as doutrinas de uma seita um ponto de cada vez.
2. Convicções novas são reforçadas por outros membros da seita.
Por que alguém seguiria uma Seita?
A. A seita satisfaz várias necessidades:
1. Psicológica – Alguém pode ter uma personalidade fraca, facilmente manipulável.
2. Emocional – A pessoa pode ter sofrido um trauma emocional recente ou no passado
3. Intelectual – O membro tem perguntas que este grupo responde.
B. A seita dá a seus membros a aprovação, aceitação, propósito e uma sensação de pertencer a algum grupo.
C. A seita pode ser atraente por algumas razões. Podem ser. . .
4. Rigidez moral e demonstração de pureza
5. Segurança financeira
6. Promessas de exaltação, redenção, “consciência mais elevada” ou um conjunto de outras recompensas.
Como as pessoas são mantidas na seita?
A. Dependência:
1. As pessoas querem freqüentemente ficar porque a seita vai de encontro às suas necessidades psicológicas, intelectuais e espirituais.
B. Isolamento:
2. O contato com pessoas de fora do grupo é reduzido e cada vez mais a vida do membro é construída ao redor da seita.
3. Fica muito mais fácil então controlar e moldar o membro.
C. Reconstrução cognitiva (Lavagem cerebral):
4. Uma vez que a pessoa é doutrinada, os processos de pensamento deles/delas são reconstruídos para serem consistentes com a seita e ser submisso a seus líderes.
5. Isto facilita o controle pelo(s) líder(es) da seita.
D. Substituição:
6. A Seita e os líderes ocupam freqüentemente o lugar de pai, mãe, pastor, professor etc.
7. Freqüentemente o membro assume as características de uma criança dependente, que busca ganhar a aprovação do líder ou do grupo.
E. Obrigação
8. O membro fica endividado emocionalmente com o grupo, às vezes financeiramente, etc.
F. Culpabilidade
2. É dito para a pessoa que sair da seita é trair o líder, Deus, o grupo, etc.
3. É dito também que deixar o grupo é rejeitar o amor e a ajuda que o grupo deu.
G. Ameaça:
1. Ameaça de destruição por “Deus” por desviar-se da verdade.
2. Às vezes ameaça física é usada, entretanto não freqüentemente.
3. Ameaça de perder o apocalipse, ou ser julgado no dia do julgamento, etc.
De onde elas vieram?
Entre muitas razões para o surgimento de seitas falsas no mundo, hoje, destacam-se as seguintes:
1) A ação diabólica no mundo (II Co 4:4);
2) A ação diabólica contra a igreja (Mt 13:25);
3) A ação diabólica contra a Palavra de Deus (Mt 13:19);
4) O descuido da Igreja em pregar o Evangelho completo (Mt 13:25);
5) A falsa hermenêutica (II Pe 3:16);
6) A falta de conhecimento da verdade bíblica (I Tm 2:4);
7) A falta de maturidade espiritual (Ef 4:14).
Observem agora, alguns fatos sobre seitas fanáticas no mundo e no Brasil:
Em 1978, o então missionário norte-americano Jim Jones, foi responsável pela morte de 900 seguidores, na Guiana Francesa, todos envenenados após Ter anunciado a eles o fim do mundo. Um fato interessante desse trágico acontecimento foi o depoimento de um dos militares americanos respnsáveis pela remoção dos corpos. Ele disse que, após vasculhar todo o acampamento, não foi encontrado um só exemplar da Bíblia. Jim Jones substituiu a Bíblia por suas próprias palavras.
Em 1993, o líder religioso David Koresh, que se intitulava a reencarnação do Senhor Jesus, promoveu um verdadeiro inferno no rancho de madeira, onde ficava a seita Branch Davidian. Seduzindo os seguidores com a filosofia de que deveria morrer para depois ressuscitar das cinzas, derramou combustível no rancho e ateou fogo, matando 80 pessoas, incluindo 18 crianças.
Em 1997, outra seita denominada Heaven’s Gate (Portão do Céu), que misturava ocultismo com fanatismo religioso, levou 40 seguidores ao suicídio. Na ocasião, essas pessoas acreditavam que seriam conduzidas para outra dimensão em uma nave que surgiria na cauda do cometa Halley Bop.
No Brasil também existem muitas seitas e denominações que se reforçam em profecias do Apocalipse. Uma das mais conhecidas, devido ao destaque dado pela mídia, são as Borboletas Azuis, da Paraíba, que em 1980 anunciou um dilúvio para aquele ano.
Em Brasília, encontra-se o Vale do Amanhecer, que conta com aproximadamente 36.000 adeptos. No Paraná, um homem de nome Iuri Thais, se auto-intitula como o próprio Senhor Jesus reencarnado. Fundador da seita Suprema Ordem Universal da Santíssima Trindade, ele parece ter decorado a Bíblia de capa a capa e, com isso, tem enganado a muitos.
Muitas das seitas são conhecidas dos cristãos brasileiros, a saber: Mormonismo, Testemunhas de Jeová, etc. Mas muitas novas seitas pseudo-cristãs estão chegando ao Brasil e são pouco conhecidas: Igreja Internacional de Cristo/Boston (Igreja de Cristo, no Brasil), Ciência Cristã, Escola Unida do Cristianismo, Meninos de Jesus etc.
Quase todas essas seitas refutam a Trindade (com a conseqüente diminuição do Senhor Jesus Cristo), a ressurreição, a salvação pela Graça e contrariam outros princípios bíblicos.
Como podemos tirar alguém de uma seita?
A. A melhor coisa é não tentar um confronto direto no primeiro encontro, o que pode assustar o membro e afastá-lo de você.
B. Se você é um Cristão, então interceda em oração pela pessoa primeiro.
C. Para tirar uma pessoa de uma seita é necessário tempo, energia, e apoio.
D. Ensine a verdade:
1. Dê-lhe a verdadeira substituição para o sistema de convicção aberrante que ela aprendeu, ou seja, o Evangelho da Graça de Jesus Cristo.
2. Mostre as inconsistências da filosofia do grupo, à luz da Bíblia.
3. Estude a seita e aprenda sua história, buscando pistas e informações
E. Tente afastá-lo fisicamente da seita por algum tempo, para quebrar o laço de isolamento.
F. Dê o apoio emocional de que ele precisa.
G. Alivie a ameaça de que se ele deixar o grupo, estará condenado ou em perigo.
H. Geralmente, não ataque o líder do grupo, deixe isso para depois. Freqüentemente o membro da seita tem lealdade e respeito para com o fundador ou líder.
I. Confronte outros membros da seita ao mesmo tempo, somente quando for inevitável.
Esperamos que esta leitura possa dalguma forma ajudar àqueles que estão a procura da verdade libertadora, Jesus Cristo (Jo 8:38).

domingo, 14 de outubro de 2012

Porque estudar as seitas


Os adeptos de seitas são a classe mais marginalizada pela igreja. Há muitos cristãos que não vêem necessidade de estudar ou evangelizar este grupo de pecadores, preferindo como dizem, apenas evangelizar os pecadores. Mas essa classe de pessoas está incluída em Marcos 16:15, note que ali o mestre disse “toda a criatura”. Essas pessoas são tão carentes do amor de Deus como qualquer outro grupo de pecadores ou até mais. Admitimos sim, que há mais dificuldades em convence-los de seus pecados e erros, pois estão durante anos, sendo controlados mentalmente pela seita, acabando por ficar dependentes psicológica e espiritualmente dela.
As seitas lhes dão uma falsa segurança espiritual e oferecem um falso céu ou paraíso. Desta maneia a pessoa escravizada pela seita não consegue enxergar o seu estado de pecaminosidade, pensa estar salva quando na verdade esta indo a passos largos para a perdição eterna.
O alarmante avanço das seitas deveria ser levado mais a sério pelas igrejas evangélicas. Todo ano milhares de pessoas que outrora professavam ser cristãs se filiaram agora a alguma seita destrutiva ou não. As seitas se tornaram uma ameaça ao verdadeiro cristianismo. Nós como igreja do Deus vivo que é a coluna e baluarte da verdade devemos estar preparados para batalharmos pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos. Não podemos negligenciar a história dos heróis da fé que nos antecederam. Muitos deles pagaram com a própria vida ao denunciar as heresias que estavam se infiltrando dentro da igreja e como resultado nos deixaram um belo exemplo de zelo e coragem a serem seguidos por todos nós.

1. Eis algumas razões porque estudar as seitas;
· Porque Jesus advertiu-nos dizendo:
“Guardai-vos dos [falsos profetas], que vêm a vós disfarçados em ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores.” Mateus 7:15

· Porque os apóstolos alertaram dizendo:

“Mas o Espírito expressamente diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios.” I Timóteo 4:1
“Mas houve também entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá falsos mestres, os quais introduzirão encobertamente heresias destruidoras, negando até o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição.” II Pedro 2:1.
“Amados, não creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos vêm de Deus; porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo.” I João 4:1.
“Amados, enquanto eu empregava toda a diligência para escrever-vos acerca da salvação que nos é comum, senti a necessidade de vos escrever, exortando-vos a pelejar pela fé que de uma vez para sempre foi entregue aos santos. Porque se introduziram furtivamente certos homens, que já desde há muito estavam destinados para este juízo, homens ímpios, que convertem em dissolução a graça de nosso Deus, e negam o nosso único Soberano e Senhor,
Jesus Cristo.” Judas 3,4.

2. Qual a Importância de se Estudar sobre as Seitas?
a) Nos capacita a combatê-las. 
Precisamos conhecer não só o que nos mesmos cremos, ou seja, a doutrina cristã, mas como também, da mesma maneira, tentar entender a miscelânea de heresias que são propagadas pelas seitas. Só assim poderemos estar bem
equipados para o combate da fé.

b) Nos auxilia na evangelização.

Nosso povo brasileiro é um povo que por natureza é tendencioso ao misticismo, à religiosidade e à crendices, se tornando presas fáceis nas mãos das seitas. O Brasil é um campo fértil não só para o evangelho mas também para as falsas religiões. É imprescindível que o evangelista conheça as doutrinas das seitas para obter sucesso na evangelização ao abordar um pecador adepto de alguma seita.
“Argumentava, portanto, na sinagoga com os judeus e os gregos devotos, e na praça todos os dias com os que se encontravam ali.
Ora, alguns filósofos epicureus e estóicos disputavam com ele. Uns diziam: Que quer dizer este paroleiro? E outros: Parece ser pregador de deuses estranhos; pois anunciava a boa nova de Jesus e a ressurreição.” Atos 17:17,18.

c) Aumenta nossa fé. 
Ao adentrarmos no ramo da heresiologia nossa fé é aumentado de duas maneiras:
Primeira – Para combatermos as heresias somos impelidos a estudar mais a teologia e as doutrinas essências da fé cristã tais como: Salvação, Trindade, inferno etc. Tudo isso resulta em mais edificação espiritual.
Segunda – Ao estudarmos as aberrações doutrinárias das seitas somos capazes de avaliarmos quão alicerçados estamos no evangelho da graça de Deus e como o evangelho genuíno de Cristo é simples e descomplicado ante as incoerências heterodoxas das seitas. Isto serve como um antídoto contra as heresias das seitas.

d) Aumenta nossa responsabilidade.

Sabendo da importância de combater o bom combate da fé nossa responsabilidade se torna maior ainda para com os pecadores ou como diz o profeta: “Quando eu disser ao ímpio: Certamente morrerás; se não o avisares, nem falares para avisar o ímpio acerca do seu mau caminho, a fim de salvares a sua vida, aquele ímpio morrerá na sua iniqüidade; mas o seu sangue, da tua mão o requererei.” Ezequiel 3:18.

Fonte: Revista DF

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Contra o avanço das heresias


Quem nunca foi abordado por um Testemunha de Jeová ou por um Mórmon oferecendo estudo bíblico? Infelizmente, os adeptos das seitas parecem estar bem mais preparados e entusiasmados que muitos evangélicos. Enquanto normalmente os crentes convidam pessoas para ir às igrejas, os adeptos das seitas organizam-se como um exército, preparando-se arduamente para “ganhar” mais pessoas.
Para se ter uma idéia de como as seitas investem no trabalho de proselitismo (esforço para converter), só a organização Testemunhas de Jeová possui três tipos de trabalho de campo. Dependendo da função, o membro deve cumprir 60, 90 ou 120 horas de trabalho mensais, que inclui a visitação e o estudo nas casas. Um dos alvos deste grupo, inclusive, é o público cristão.
É aí que, segundo o pastor batista João Flávio Martinez, presidente do Centro Apologético Cristão de Pesquisas (CACP), está o maior problema. “O crente não está preparado para combater seitas. E o pior, há evangélicos desviando-se para algumas porque não conhecem a Bíblia”. Para o especialista, a igreja não tem poder para deter seitas por falta de conhecimento teológico.
EVANGELISMO PRECÁRIO
Na opinião do pastor Natanael Rinaldi, da Igreja Evangélica da Paz, fala-se muito em evangelização e missões, mas quando uma pessoa sai na rua para evangelizar não consegue convencer os sectários (seguidores de seitas). “A liderança evangélica não se preocupa com este assunto. Desconhecemos não só o que cremos como também o que é ensinado pelos sectários”, alerta.
O cuidado com o discipulado dos novos convertidos também é de suma importância neste contexto. “Evangelizamos? Sim. Ensinamos? Não. Os chamados neófitos na fé, que não sabem distinguir o erro da verdade (Efésios 4.14), são levados cativos por todo tipo de heresias”, diz. Rinaldi defende ainda que os seminários, escolas e faculdades de teologia tenham professores eficientes no conhecimento dos erros doutrinários das seitas, a fim de que os alunos aprendam a refutar as heresias à luz da Palavra de Deus.

BATALHAR PELA FÉ VERDADEIRA 
O papel da igreja, para Martinez, é primeiro ensinar os princípios básicos para o povo de Deus e depois ensinar apologética. Já Rinaldi entende que falta conscientização sobre o avanço das seitas. “Muitos adotam a atitude de Gamaliel (At 5.38-39): ‘Não fale sobre o crescimento das seitas, pois se for de Deus, não devemos ser encontrados lutando contra o próprio Deus; e se for dos homens, extinguir-se-ão’. Com isso, vemos o avanço de seitas de todas as modalidades no Brasil”, lamenta.

Jesus

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